O governo paulista pretende acionar a justiça caso a Anvisa não autorize a liberação da vacina CoronaVac até o final da semana.
O governador João Doria tem particular pressa de iniciar a vacinação em massa no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. Aparentemente a eficácia do imunizante ficou em segundo plano.
A agência de Vigilância Sanitária anunciou que além da CoronaVac, a vacina de Oxford também será analisada e manufaturada no Brasil pela Fiocruz.
O Instituto Butantan conta com estoque de 10,8 milhões de doses da CoronaVac que tem eficácia de 50,38%, sendo 6 milhões de doses disponíveis para uso imediato. A capacidade de produção da vacina é de 1 milhão de doses por dia e já foram encomendadas 49,2 milhões de doses da China.
A disponibilidade do imunizante é incontestável, mas a credibilidade o é. Mesmo assim, o partido Rede Sustentabilidade (REDE) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para que a Anvisa fosse obrigada a entregar o registro de uso emergencial da vacina no prazo de 72 horas.
Sobre a ação do partido, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que a análise da Anvisa sobre os registros deve ser feita de maneira técnica e que caso o pedido fosse atendido pelo STF culminaria em “risco concreto de frustração da função de controle sanitário”.
Não bastasse a eficácia da vacina ser tão baixa e políticos empurrarem o seu processo de registro e autorização, há ainda de se lembrar que a vacina será obrigatória.
Comente