A Alemanha, Polônia e Suécia expulsaram nesta segunda-feira (08) três diplomatas russos em sinal de retaliação coordenada a Rússia.
Conforme o Terça Livre noticiou na última sexta-feira (05) o Kremlin expulsou os diplomatas da Alemanha, Polônia e Suécia, países que são membros da União Europeia (UE), por manifestarem apoio aos protestos em favor do opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, enquanto o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, estava em visita a Moscou.
As expulsões refletem a instabilidade nas relações Leste-Oeste e uma erosão da confiança entre os ex-adversários da Guerra Fria, à medida que o Ocidente acusa Moscou de tentar desestabilizá-la e o Kremlin rejeita o que vê como interferência estrangeira, afirmou a Agência Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, em um comunicado sobre a expulsão de um diplomata russo, disse que o diplomata alemão expulso pelo governo de Putin estava apenas “cumprindo sua tarefa de relatar os acontecimentos no local de forma legal”. A Suécia concordou com a posição alemã, classificando as expulsões de Moscou como “inaceitáveis”.
A Polônia, através de seu Ministério das Relações Exteriores também respondeu à ação da Rússia ordenando a expulsão de um diplomata do consulado da Rússia que estava na cidade de Poznan.
“De acordo com o princípio da reciprocidade e em coordenação com a Alemanha e a Suécia”, declarou.
Já a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse hoje a uma rede de televisão estatal que as ações dos três países da UE foram “injustificadas, hostis e uma continuação da mesma série de ações que o Ocidente está tomando contra nosso país, que qualificamos como interferência nos assuntos internos”, conforme noticiaram Agências de notícias russas.
As medidas reforçam a quebra na tentativa da UE de se aproximar da Rússia, que estava sendo liderada por Josep Borrell, chefe de política externa da União, que visitou o país para negociações.
Borrell se reunirá amanhã (09) com o Parlamento Europeu, que pediu sanções para impedir a conclusão do gasoduto de energia Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha, informou a Reuters.
Outros países da UE estão também reforçando a ideia de novas sanções contra o Kremlin, disseram diplomatas.
Hoje a Polônia convocou uma videoconferência que contou com a presença de representantes da Grã-Bretanha, Canadá, Estados Unidos e Ucrânia, bem como dois aliados de Navalny, Vladimir Ashurkov e Leonid Volkov, para discutir a política sobre a Rússia, o que inclui também algumas sanções.
A Justiça da Rússia condenou Alexei Navalny a 30 meses de prisão no último dia 02, acusado de supostamente ter violado uma ordem jurídica.
Agência Reuters.
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