O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira (15) as medidas de censura do Facebook que o proibiu de receber imagens dos cidadãos que denunciarem os preços em postos de combustíveis.
“O certo é tirar de circulação – Não vou fazer isso porque sou democrata – Mas o certo é tirar de circulação Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Antagonista. São fábricas de fake news”, declarou.
“Agora deixa o povo se libertar, ter liberdade”, continuou o presidente.
Bolsonaro defendeu ainda a aplicação das leis em casos que ferirem a justiça, mas denunciou o bloqueio do presidente da república e de seu contato com os cidadãos.
“Logicamente, se alguém extrapolar alguma coisa, tem a Justiça para recorrer. Agora o Facebook vir bloquear a mim e a população. É inacreditável que isso impere no Brasil. E não há reação da própria mídia.”
“Falam tanto da liberdade de expressão para eles em grande parte mentirem com matérias. Agora para a população é uma censura que não se admite”, completou Bolsonaro.
No último dia 11 de fevereiro, ao anunciar um novo decreto que passará a obrigar os postos de gasolina a exibirem para seus consumidores a composição do preço do combustível, o presidente da república pediu também para que a população enviasse a ele fotos da nota fiscal da compra nos postos de gasolina.
O intuito da iniciativa é fiscalizar os preços finais, encontrar indícios de bitributação e esclarecer as alíquotas pagas em impostos federais e estaduais.
O Facebook, no entanto, não gostou da iniciativa e impôs bloqueios nos envios.
“Os combustíveis continuam aí demonstrando uma nuvem muito carregada no horizonte, vamos resolver esse problema. Obrigado quem mandou [foto de] nota fiscal [de abastecimento] para mim por outros meios, já que o Facebook bloqueou.”
“Vamos ver, já liguei para a AGU (Advocacia-Geral da União) para ver o que a gente pode fazer”, afirmou Bolsonaro.
No dia 27 de janeiro, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, prometeu que a Big Tech estabeleceria uma política para cancelar e diminuir o alcance de “grupos políticos”, conforme o Terça Livre noticiou.
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