Na última quarta-feira (2/12), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou o edital com regras para o leilão de 5G no Brasil, que ocorrerá no próximo ano. Uma das regras do edital, ou melhor, a falta dela, é que não possui restrições à empresa chinesa Huawei.
O documento, elaborado pelo corpo técnico da agência, aparentemente não leva em conta a pressão feita por inúmeros países para a casação e retirada da tecnologia chinesa do mercado internacional.
De acordo com a minuta do edital do 5G obtida pela Folha de São Paulo, não há qualquer restrição a fabricantes no texto.
No último dia 30 de outubro, o novo conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, chegou a afirmar que a empresa de tecnologia do país comunista tem um padrão de transparência menor, se comparado a seus concorrentes, e que o Brasil precisa ter fornecedores confiáveis e transparentes para o 5G.
Países como os Estados Unidos, Inglaterra, Roménia, Índia, Portugal, França, dentre outros, já sinalizaram, em alguma medida, seus interesses de banir a empresa chinesa Huawei.
Ademais, apoio do Brasil ao Clean Network, estratégia liderada pelos Estados Unidos por uma rede 5G sem os chineses, foi a última sinalização do governo para banimento da Huawei.
Em 10 de novembro, o secretário brasileiro de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, Pedro Miguel da Costa e Silva, afirmou que “o Brasil apoia os princípios” da iniciativa norte-americana no mercado 5G.
A chamada Rede Limpa é um programa da gestão de Donald Trump para proteção de dados. No site oficial do projeto, a Huawei é apontada como “um braço da vigilância do Partido Comunista Chinês”.
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