O ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto, foi condenado, nesta segunda-feira (10), a 23 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, , em um processo da Operação Mãos à Obra, desdobramento da Lava Jato no Rio.
É a quarta vez em que Alexandre Pinto foi condenado na Lava Jato pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Também foram condenados Celso Reinaldo Ramos Júnior e Juan Luis Bitlonnch, envolvidos no recebimento e transferência da propina para o exterior.
Neste processo, Alexandre Pinto foi condenado por irregularidades nas obras de construção do BRT Transcarioca, corredor exclusivo de ônibus articulados, no trecho que liga a Penha, na Zona Norte da cidade, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Alexandre Pinto, na condição de secretário de Obras da Prefeitura do Rio, recebeu US$ 1,040 milhão de dólares em propina de executivos da Andrade Gutierrez para favorecer a empreiteira na obra.
Antes disso, em outubro de 2013, também segundo a denúncia, o ex-secretário da gestão do então prefeito Eduardo Paes havia transferido US$ 274 mil para um banco em Mônaco, na Europa. A transferência, sem autorização legal, foi feita com a ajuda de Juan Luis.
Apontado como operador financeiro de Alexandre Pinto, Celso Reinaldo Ramos Júnior foi condenado a 24 anos de prisão. Ele fechou acordo de delação premiada com o MPF e, por isso, a pena foi substituída nos termos do acordo de colaboração.
Segundo a denúncia do MPF, uma empresa de Ramos Júnior celebrou um contrato fictício de prestação de serviços com a Andrade Gutierrez, com o objetivo de dar uma aparência legal à propina destinada a Alexandre Pinto.
A Transcarioca é uma via expressa de 39 km, construída para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que liga o Aeroporto Internacional do Galeão à Barra da Tijuca.
Com informações, G1
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