Na última terça-feira (24/11), o governo de Taiwan iniciou oficialmente a desenvolver o seu primeiro submarino produzido localmente. A medida visa “proteger autonomia”, aumentando suas defesas costeiras contra qualquer invasão da China.
A ilha de Taiwan pretende construir oito novos submarinos de ataque movidos a diesel, dando nova vida a sua frota marítima. O primeiro submarino deverá ser concluído até 2024.
A decisão da presidente Tsai Ing-wen de construir os navios é no intuito de reorientar a política de defesa da ilha. Tsai deseja evitar uma possível invasão, em vez de focar nas consequências.
A lista de compras militares de sua administração, que inclui a compra de mísseis e drones dos Estados Unidos, reflete a mudança de seu posicionamento, disse Michael Mazza, um pesquisador visitante em estudos de política externa e de defesa do American Enterprise Institute.
“Taiwan precisa substituir o equipamento antigo, mas, ao mesmo tempo, há o reconhecimento de que eles não podem depender desse tipo de plataforma de armas tanto quanto no passado”, disse Mazza. “Eles estão mudando para uma abordagem ‘mais assimétrica’ que se concentra em coisas como sobrevivência, um grande número de munições, mobilidade e um foco em plataformas letais com maior sobrevivência, em vez de F-16s, tanques e destróieres.”
Os submarinos desempenhariam um papel crítico em impedir um desembarque anfíbio do Exército de Libertação Popular da China e também patrulhariam o Estreito de Taiwan, uma via navegável estratégica de 180 km de largura que separa Taiwan do continente asiático. Pequim reivindica soberania sobre ambos e não descartou o uso da força para atingir seus objetivos.
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