A rede social Twitter bloqueou a conta da embaixada da China nos Estados Unidos por uma publicação na qual a embaixada defendia a política da China em relação aos uigures muçulmanos em Xinjiang.
A plataforma disse que a conta violou sua política contra a “desumanização” das pessoas.
Apesar de ainda estar no ar, a conta da embaixada não tem nenhuma nova publicação desde o dia 9 de janeiro.
Nesta quinta-feira (21) o Ministério das Relações Exteriores da China disse que a estava confuso com a medida, já que é dever da embaixada chinesa esclarecer a verdade e com isso fazer publicações que desmentem as falsas informações.
“Existem inúmeros relatos e informações relacionadas a Xinjiang que são contra a China. É responsabilidade de nossa embaixada nos Estados Unidos esclarecer a verdade”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
A publicação da conta @ChineseEmbinUS, do dia 07 de janeiro, dizia que as mulheres uigures foram emancipadas e não eram mais “máquinas de fazer bebês”, citando um estudo divulgado pelo jornal estatal China Daily.
“A suspensão do Twitter da conta da embaixada veio um dia depois que o governo Trump, em suas horas finais, acusou a China de cometer genocídio em Xinjiang”, afirmou a agência Reuters.
“Tomamos medidas em relação ao tuíte que você mencionou por violar nossa política contra a desumanização, onde reafirmamos: proibimos a desumanização de um grupo de pessoas com base em sua religião, casta, idade, deficiência, doença grave, nacionalidade, raça, ou etnia”, disse um porta-voz do Twitter.
O Partido Comunista Chinês vem enfrentando diversas acusações sobre abusos em Xinjiang, onde pelo menos um milhão de uigures e outros muçulmanos foram detidos em campos de concentração.
A China, no entanto, diz que as alegações são infundadas e falsas.
Reuters.
Comunismo é uma desgraça!