Cerca de 20 pais de crianças transplantadas, ou em diálise, se acorrentaram nesta terça-feira (20) por várias horas em frente a um hospital de Caracas para exigir do governo medicamentos para seus filhos.
“Por favor, ajudem-nos, nem eu, nem meus amigos queremos morrer”, implorou Carlibeth Falcón, de 11 anos, ao lado de seu pai, acorrentado ao hospital JM de los Ríos.
O homem denunciou que sua filha está há dois dias sem tomar o medicamento que evita a rejeição a um rim doado.
“Que não venham dizer que isso é um show midiático”, declarou à imprensa Carlos Falcón. Sua filha carregava um cartaz com a frase: “Ajuda, meu rim e minha vida estão em risco por falta de imunossupressores”.
Estima-se que 3.500 transplantados “não têm acesso a imunossupressores”, dos 16 mil pacientes renais do país.
Além da falta de medicamentos para pacientes crônicos – cujo fornecimento é de responsabilidade do Instituto de Previdência Social -, houve o fechamento de 35 das 129 unidades de diálise, destacou Valencia.
Segundo a escassez de medicamentos para doenças de alto custo chega a 95%, enquanto a de essenciais, como hipertensivos, é de 85%, segundo a Federação Farmacêutica.
© AFP
Agence France-presse
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